«Álvaro Cunhal é uma
sexta-feira, 21 de junho de 2019
terça-feira, 9 de abril de 2019
Rei Lear no CCB
A estreia de "Rei
Lear", numa adaptação para cena do compositor Alexandre Delgado
e da encenadora Sara Barros Leitão, a partir da tradução de Álvaro
Cunhal, constitui uma encomenda do festival e destaca-se na programação já
disponível no `site` do Centro Cultural de Belém (CCB).
O festival Dias da Música, que acontece nos dias 25 a
28 de abril, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, contará com mais de 40
concertos e `masterclasses` direcionados para a obra de William Shakespeare.
domingo, 2 de dezembro de 2018
Guião do filme "Até amanhã camaradas" Ephemera
LUÍS FILIPE
ROCHA – GUIÃO DA SÉRIE “ATÉ
AMANHÃ, CAMARADAS” DE MANUEL TIAGO [ÁLVARO CUNHAL] ANOTADO E COMENTADO POR
ÁLVARO CUNHAL
«Agradeço a Luís Filipe Rocha a importante oferta que fez ao EPHEMERA do original do guião de sua autoria, da série realizada a partir do romance de Manuel Tiago [Álvaro Cunhal}, extensivamente anotado pelo próprio Álvaro Cunhal. As anotações manuscritas e as notas dactilografadas que numa fase mais avançada do rabalho enviou a Luís Filipoe Rocha, são uma janela sobre Álvaro Cunhal, sobre a sua meticulosidade, a sua atenção ao detalhe, o seu entendimento com base na experiência pessoal, mas também com intenção didáctica, da vida clandestina, assim como aspectos da sua idiosincrasia pessoal, a forma como usa a sua memória, o modo como reconstrói as personagens de um livro com forte conteúdo autobiográfico.
Faremos bom uso do que se pode compreender por estas centenas de notas, uma das raras “exposições” de uma personalidade ímpar da vida política portuguesa do século XX.»
Pacheco Pereira
«Agradeço a Luís Filipe Rocha a importante oferta que fez ao EPHEMERA do original do guião de sua autoria, da série realizada a partir do romance de Manuel Tiago [Álvaro Cunhal}, extensivamente anotado pelo próprio Álvaro Cunhal. As anotações manuscritas e as notas dactilografadas que numa fase mais avançada do rabalho enviou a Luís Filipoe Rocha, são uma janela sobre Álvaro Cunhal, sobre a sua meticulosidade, a sua atenção ao detalhe, o seu entendimento com base na experiência pessoal, mas também com intenção didáctica, da vida clandestina, assim como aspectos da sua idiosincrasia pessoal, a forma como usa a sua memória, o modo como reconstrói as personagens de um livro com forte conteúdo autobiográfico.
Faremos bom uso do que se pode compreender por estas centenas de notas, uma das raras “exposições” de uma personalidade ímpar da vida política portuguesa do século XX.»
Pacheco Pereira
sábado, 10 de novembro de 2018
Álvaro Cunhal evocado em Coimbra
“Álvaro Cunhal e o legado de Karl Marx” é o
tema de uma sessão, a efectuar em Coimbra (Casa Municipal da Cultura), sábado
(10) à tarde, com a participação de Jerónimo de Sousa.
O evento, por ocasião do 105.º
aniversário do nascimento de Álvaro Cunhal, inscreve-se nas comemorações do
segundo centenário do nascimento de Karl Marx.
Álvaro Cunhal, falecido em Junho de
2005, nasceu em Coimbra a 10 de Novembro de 1913.
quinta-feira, 22 de março de 2018
(A propósito da censura a um acto público).
“Carta a um amigo que não soube”
(A propósito da censura a um
acto público).
Fizeste-me falta,
pá! Não
por mim,
que lá
estive, mas por
ti que não
soubeste… Eu sei da felicidade
que retiras destas coisas
e da partilha que dela fazes. Foi isso que me fez falta: a
tua felicidade. Sabes como a malta é,
pusemos a mesa com
microfones e tudo,
chamámos os jornais, chamámos as rádios, chamámos as televisões…
Só para te avisar, pá. Era a forma mais expedita que
tínhamos à mão, e gostávamos tanto de te ter por perto. Mas não, a coisa não saiu, ou
saiu envergonhadamente. Sinais destes tempos sem vergonha. Depois
o Álvaro não é tipo
que se ignore e o número
era redondo
– o centenário – mas
mesmo assim
tu ficaste sem
saber. Tiraram-te esse
direito. Foi tão
bonita a festa,
pá. Lembras-te daquela tirada do Álvaro que
começa assim:
«Arte é liberdade.
É imaginação, é fantasia,
é descoberta e é sonho.
É criação e recriação
da beleza pelo ser humano e não apenas imitação da beleza que o ser humano considera descobrir
na realidade que
o cerca»? Lembras-te? Foi o nosso guião.
Foi o guião dos músicos,
dos cantores e dos actores que passaram pelo palco. A melhor
maneira de comemorar
a liberdade é exercê-la e, como tu sabes, pá, evocar o Álvaro é
projectá-la para os dias
que hão-de vir,
para as liberdades
que hão-de vir.
E são tantas, amigo,
e são tantas as liberdades
que nos
faltam… O Álvaro teve a casa cheia, pelas costuras. Tu
sabes como a malta
é, abrimos as portas de casa para que alguém te fizesse chegar uma pequena luz do que lá se
passou. Mas, enfim,
foi o costume: tiraram-te esse
direito. Fizeste-me falta,
pá. Mas
ainda te
vou ver a sorrir. Temos
uma prenda para
ti: filmámos tudo. E assim damos um outro sentido à
falta que
me fizeste. É que,
como diz o Palma,
“enquanto houver estrada
para andar, a gente vai continuar, a gente vai continuar”.
Um abraço, pá.
E até já!
Fernanda LapaJoana Manuel
João Monge
Luísa Ortigoso
Rita Lello
Samuel Quedas
Tavares Marques
Zeca Medeiros
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
EFEMÉRIDE
EFEMÉRIDES: 3 DE JANEIRO – A
FUGA DE CUNHAL DE PENICHE FOI HÁ 57 ANOS
EFEMÉRIDES
3 de janeiro
1960 – Álvaro Cunhal, líder do PCP,
evadiu-se do Forte Peniche com outros nove prisioneiros políticos da ditadura
de Oliveira Salazar. Ao final da tarde, um automóvel conduzido pelo ator, já
falecido, Rogério Paulo parou em frente ao forte com o porta-bagagens aberto.
Esse era o sinal combinado para que, no interior da prisão se soubesse que, no
exterior, estava tudo a postos para a fuga. O carcereiro foi então neutralizado
com o emprego de uma anestesia e, com a ajuda de um sentinela, o guarda José
Alves, que fazia parte do plano
de fuga, os prisioneiros atravessaram, sem serem vistos pelos demais
sentinelas, o trecho mais exposto do percurso. Encontrando-se no piso superior,
desceram para o piso inferior por uma árvore. Daí correram para a muralha, de
onde desceram com o auxílio de uma corda feita com lençóis até alcançarem o
fosso exterior. Depois, tiveram ainda que saltar um muro para chegar à vila,
onde já se encontravam à espera os automóveis que os haviam de transportar para
as casas clandestinas onde deveriam passar a noite. Álvaro Cunhal passou a
noite na casa de Pires Jorge em São João do Estoril, onde ficou a viver
clandestinamente durante algum tempo.
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