No quadro da agressão e do assalto "troikulento", o recente relatório do FMI (cuja autoria, responsabilidade e contornos não se conhecem com rigor) veio levantar uma onda de indignação. A indignação é mais que legítima, embora, nuns casos, tenha aspectos semelhantes a "lágrimas de crocodilo", noutros, possa parecer fazer parte de manobras de diversão, noutros ainda, apeteça perguntar se não foi esta a cama que se foi preparando e só agora se veja quanto incómoda é quando nela nos querem deitar.
Mas que há uma onda de indignação, é certo, o que justifica, até, posições e rupturas que podem surpreender por vários motivos.
Nesta oportunidade, sem pingo de oportunismo que é outra maleita dos tempos que correm, quando se inicia o ano de 2013 com a assinalação do centenário de Álvaro Cunhal, é da maior pertinência lembrar o que ele escreveu em muitas ocasiões, nomeadamente na sua obra O Partido com paredes de vidro, de 1985, no último capítulo, o 11º, no seu último ponto, O amor ao povo e à Pátria e o internacionalismo.
Reproduz-se um trecho (pgs. 264/5):
Parece mentira, toda a actualidade, passados que são já quase 30 anos, tempo de criar um filho, um trilho, cimentar um tempo de paz e clarividência. Temos no poder os fantoches para quem se abriram as creches e se fomentou o SNS. Temos no poder os que receberam a liberdade de bandeja. Por isso falavam alto, as vozes opressoras: para silenciar, no comércio, no capital, na ganância, aquilo que era o fundamental: independência nacional, equidade, defesa dos valores humanos.
ResponderEliminarAbraços amigos, nunca esqueceremos ter sido NOSSO um dos maiores políticos mundiais do século XX.
Das obras literárias que o Camarada Álvaro Cunhal escreveu durante o seu percurso de vida a que mais me fascinou, foi ATÉ AMANHA CAMARADAS.
ResponderEliminarSaudações fraternais!
A. Gomes
Baião