[palavras de A. Cunhal, em tribunal, in "A resistência em Portugal",
José Dias Coelho, Inova, Agosto 1974]
"A primeira vez que fui preso, como me negasse a prestar declarações, algemaram-me, meteram-me
no meio de uma roda de agentes e espancaram-me a murro, pontapés, cavalo-marinho, e com umas grossas tábuas com uns cabos apropriados. Depois de me terem assim espancado longo tempo, deixaram-me cair, imobilizaram-me no solo, descalçaram-me sapatos e meias e deram-me violentas pancadas nas plantas dos pés. Quando cansados, levantaram-me,
obrigaram-me a marchar sobre os pés feridos e inchados, ao mesmo tempo que voltavam a espancar-me pelo primeiro processo. Isto repetiu-se numerosas vezes durante largo tempo até que perdi os sentidos, estando cinco dias sem praticamente dar acordo de mim" [palavras de A. Cunhal, em tribunal, in "A resistência em Portugal", de José Dias Coelho, Inova, Agosto 1974]
Ê ignôbil o branqueamento que ,presentemente,se faz do fascismo.Quantos jovens,terao conhecimento das torturas infligidas pela PIDE?
ResponderEliminarO centenârio de Âlvaro Cunhal,tambêm contribui para manter acesa a memôria..