Como às vezes acontece. Mas, desta vez, com "um ponto na ordem de trabalhos":
Álvaro Cunhal e o seu centenário.
Para começar, um de nós levou um texto escrito. E leu-o, e distribui-o aos outros três:
Álvaro Cunhal. Um nome que me é familiar desde que me lembro. Agora, finalmente, começo a descobrir a vida por de trás do nome. Primeiro pelo amigo do Zambujal, depois pela necessidade que vai surgindo aqui, acolá, por de trás de cada pedra solta com que às vezes me entretenho. Também pelo tempo, este, que vivemos de mutações constantes, algumas bem distorcidas mas disfarçadas no sorriso amargo de uma sofisticação mesquinha, virada ao umbigo e de calça curta, como as ideias que a sustentam. Mas, isto é uma gota! Diz o amigo do Zambujal. Compreendo bem a dimensão da coisa a que se propõe e é nele que mais pedras vou descobrindo e virando com a predisposição mais ou menos serena de entender... aos poucos. Devagar. Com a revolucionária paciência que tantas vezes refere.
Voltando ao motivo que nos faz encontrar aqui hoje, o Álvaro Cunhal, não posso deixar de reconhecer e dizer a alegria que é descobrir alguém desta dimensão e deste valor. Um homem que travou a luta mais árdua de todas, a luta da coerência. De dizer hoje e afirmar amanhã com uma vontade redobrada e tão sincera que me emociona. Pelo esforço que isso implica mas também pelo exemplo e responsabilidade que nos deixa. A de acreditar e lutar por um futuro que se quer mais humano, mais fraterno, onde os homens se olham e falam sem essa coisa estranha e sofisticada que nos querem impingir. Foie gras de massas que hoje, por força maior, recuso. E digo, quero não. Ou melhor, quero antes a vossa companhia e amizade. Aqui, no Chico Santo Amaro, a vinte e um de Maio, no ano de dois mil e treze, século vinte e um. O ínfimo espaço do tamanho de uma gota. Anónima e que eu muito estimo.
Abraço
Pedro
Foi no "ínfimo espaço do tamanho de uma gota. Anónima e insubstituível!
ResponderEliminarUm grande abraço
Um texto magnífico num vendaval de esperança.
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