Assembleia da República recebe, esta terça-feira, a primeira apresentação do filme de Joaquim Leitão baseado no romance de Álvaro Cunha
2013-11-05
O filme «Até Amanhã, Camaradas»,
de Joaquim Leitão, baseado no romance homónimo de Álvaro Cunhal, tem antestreia
esta terça-feira na Assembleia da República, dias antes de se assinalar o centenário do nascimento do antigo líder do
PCP.
«É uma figura que merece ter um destaque num sítio que estivesse à altura», afirmou à agência Lusa o realizador.
«É uma figura que merece ter um destaque num sítio que estivesse à altura», afirmou à agência Lusa o realizador.
Joaquim Leitão voltou a pegar nas filmagens que tinham sido feitas há quase uma década, quando a série televisiva «Até Amanhã, Camaradas» teve estreia na SIC, em 2005.
Com argumento de Luís Filipe Rocha e produção de Tino Navarro, a série partiu do romance homónimo de Manuel Tiago, pseudónimo literário que Álvaro Cunhal só desvendou em 1994.
A obra, que gira em torno da vida do PCP nos anos 1950 e 1960, da clandestinidade, das lutas populares e da resistência ao regime fascista, foi publicada em 1974 pelas Edições Avante e Manuel Tiago era, então, um autor desconhecido.
Quando a série televisiva foi apresentada, em 2004, Joaquim Leitão afirmou que «Até Amanhã, Camaradas» era «uma história de amor e aventura, de militância, de dedicação de uma vida a lutar por aquilo em que se acredita, com um fundo histórico e político exaltante e de uma época da história pouco conhecida».
Hoje, passados estes anos, Joaquim Leitão é da opinião que a mensagem do romance ultrapassa o contexto histórico: «No fundo a mensagem é vale a pena lutar pelo que se acredita».
Depois da exibição no salão nobre da Assembleia da República, o filme terá estreia comercial na quinta-feira.
Com três horas de duração, o filme conta no elenco com mais de 130 atores, como Gonçalo Waddington, Leonor Seixas, Marco D'Almeida, Carla Chambel, Paulo Pires, Cândido Ferreira, Adriano Luz e São José Correia, além de alguns milhares de figurantes.
Joaquim Leitão afirmou que o filme não tem cenas inéditas por comparação com a série televisiva, mas «há uma montagem e organização das cenas diferente».
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