24 de Junho de 2013
Casa cheia na sessão inaugurativa da exposição evocativa de Álvaro Cunhal
O salão da Biblioteca Municipal de Ovar
foi pequeno para acolher a deslumbrante enchente de pessoas que
acorreram a assistir à Sessão Inaugurativa da Exposição Evocativa de
Álvaro Cunhal, por ocasião das comemorações do seu centenário. O evento
teve como convidados especiais o Grupo de Coral de Professores, bem como
a presença de Carlos Gonçalves, membro da Comissão Política do Comité
Central do PCP.
A sessão iniciou-se com o visionamento
de um documentário sobre a vida e obra de Álvaro Cunhal, com uma breve
síntese da sua vida, do seu papel no pensamento do movimento comunista -
reconhecido a nível internacional, na avaliação certeira da situação do
país e das vias para a derrota do fascismo, no crescimento do PCP para
um grande partido nacional, na Revolução de Abril e efectivação das suas
conquistas, no combate à deriva ideológica aquando das derrotas do
socialismo, na denúncia dos verdadeiros objectivos da UE e da moeda
única, apenas para citar alguns exemplos.
Álvaro Cunhal deu o melhor da sua vida à
causa comunista, causa que lhe valeu perseguições, prisões e torturas,
tendo permanecido 11 anos seguidos nas cadeias fascistas, 8 dos quais em
completo isolamento. Fugiu de forma extraordinária, não para abandonar a
luta, mas para a continuar de novo, numa grande prova de coragem e
compromisso com a luta do trabalhadores e do povo português - ideal que o
guiou ao longo de toda a sua impressionante vida.
No entanto, Álvaro Cunhal não foi apenas
um político excepcional, um intelectual certeiro ou um homem de fibra,
mas também um homem profundamente dedicado às artes. Destacou-se nas
artes plásticas, realçando-se os seus "desenhos da prisão", desenhados
nas duras condições de isolamento, Destacou-se na literatura, de onde
emergem as suas obras "Até amanhã camaradas", "Cinco dias e cinco
noites" e a tradução para português d'«O Rei Lear», de William
Shakespeare, entre outras. Destacou-se na reflexão artística, de que é
exemplo o seu ensaio sobre estética «A Arte, o Artista e a Sociedade».
Seguiu-se a actuação do Coral de Professores, sob a direcção do Maestro Guilhermino Monteiro. Numa actuação memorável que soube com naturalidade cativar e envolver o público, cantou-se Zeca Afonso e as Canções Heróicas de Fernando Lopes Graça. A actuação terminou com o épico "Acordai", obra intemporal deste compositor e militante comunista. Após os aplausos que se estenderam por largos minutos, Manuela Mourão e Renata Costa procederam à oferta, em nome do PCP e em jeito de agradecimento, de um desenho de Álvaro Cunhal a cada um dos professores, bem como aos representantes da Câmara Municipal e da Biblioteca Municipal.
Seguiu-se a actuação do Coral de Professores, sob a direcção do Maestro Guilhermino Monteiro. Numa actuação memorável que soube com naturalidade cativar e envolver o público, cantou-se Zeca Afonso e as Canções Heróicas de Fernando Lopes Graça. A actuação terminou com o épico "Acordai", obra intemporal deste compositor e militante comunista. Após os aplausos que se estenderam por largos minutos, Manuela Mourão e Renata Costa procederam à oferta, em nome do PCP e em jeito de agradecimento, de um desenho de Álvaro Cunhal a cada um dos professores, bem como aos representantes da Câmara Municipal e da Biblioteca Municipal.
A intervenção final ficou a cargo de
Carlos Gonçalves, membro da Comissão Política, que fez um breve resumo
da vida de Álvaro Cunhal, em todas as suas facetas - político,
intelectual, artista - bem como da actualidade do seu pensamento, nas
suas linhas essenciais, na compreensão do carácter predatório do
capitalismo e da necessidade da sua superação pela via do socialismo.
Vivemos tempos em que a esmagadora maioria do povo português sofre uma
gigantesca extorsão por via de um Estado que não é mais do que a
comissão gestora do grande capital, financeiro ou não. Em que as grandes
opções políticas e económicas são tomadas em benefício de um punhado de
grupos económicos e não do bem-estar do povo e do desenvolvimento do
país. Em que - tal como o PCP sempre afirmou - a perda de democracia
económica implica uma perda de democracia social, cultural e até
política, visível na fascização progressiva do discurso e métodos do
actual governo. E em que, dia após dia, se torna cada vez mais premente e
mais urgente o derrube deste governo de desastre nacional, que
enfrentará, já no próximo dia 27, os trabalhadores numa nova greve
geral.
"Exemplo que se projecta na actualidade e no futuro" - é este o título da exposição de Álvaro Cunhal que continuará disponível até ao dia 29 de Junho, no átrio da Biblioteca Municipal de Ovar. Uma exposição aberta a todos, que pretende espelhar não uma visão passadista da vida deste dirigente comunista, mas um exemplo de uma fascinante vida de luta abnegada que interessa a todos aqueles que - comunistas e não comunistas - lutam hoje por um futuro melhor para todos, por um Portugal justo e soberano no dia de amanhã.
A Comissão Concelhia de Ovar do PCP agradece sinceramente a presença de todos os convidados e entidades no evento, bem como de todos aqueles que, não podendo vir, enviaram uma mensagem de saudação.
"Exemplo que se projecta na actualidade e no futuro" - é este o título da exposição de Álvaro Cunhal que continuará disponível até ao dia 29 de Junho, no átrio da Biblioteca Municipal de Ovar. Uma exposição aberta a todos, que pretende espelhar não uma visão passadista da vida deste dirigente comunista, mas um exemplo de uma fascinante vida de luta abnegada que interessa a todos aqueles que - comunistas e não comunistas - lutam hoje por um futuro melhor para todos, por um Portugal justo e soberano no dia de amanhã.
A Comissão Concelhia de Ovar do PCP agradece sinceramente a presença de todos os convidados e entidades no evento, bem como de todos aqueles que, não podendo vir, enviaram uma mensagem de saudação.
Ovar, 22 de Junho de 2013
A Comissão Concelhia de Ovar do PCP
A Comissão Concelhia de Ovar do PCP
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