01.09.2013
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Na sequência dos dias, tenho de começar o dia de hoje a continuar reflexões
de ontem sobre o exercício farisaico do sacerdote que escreveu “Obrigado,
dr. Cunhal!” com o sub-titulo Debate-interrupção da gravidez.
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E o que então escrevi exige que mais escreva, na certeza de que muito (e
melhor) ficará por escrever.
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Mas são simples aponta mentes…
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Que quem respeita os
outros, respeite que outros tenham da vida a concepção de que a vida nos é dada
por um ser supremo, metafísico, que, num gesto divino, junta um espermatozoide
a um óvulo, é coerente e possibilita debate.
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O que se contrapõe à impossibilidade de debate a partir da posição de
desrespeito por concepções outras (ausência de respeito pelos outros!), posição
fechada na verdade única, no culto de um deus que não se discute (“Deus ordena,
a Deus obedece-se, Deus é o dogma(…)” – Álvaro Cunhal, Partido com
paredes de vidro), e treinada para o exercício da argumentação hipócrita, que
diz homenagear o que/quem despreza e ataca com as armas do irredutível farisaísmo,
que usa, com mestria, meias frases e palavras isoladas do contexto.
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Álvaro Cunhal, desde as polémicas na
sua juventude - quando se procurava e se encontrava -, dá o exemplo contrário, e toda a sua vida o ilustra, firmando e afirmando as suas
convicções, como verdades suas e respeitando as dos outros, ainda que as debatendo
com firmeza, consequentemente.
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Num texto político de 1947:
Ler, reler, ler outra vez, aprender sempre... talvez matéria para o Congresso.
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E tanta há!
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