«Álvaro Cunhal é uma personalidade marcante, em Portugal e no mundo

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Antologia

De uma intervenção de Álvaro Cunhal

em Dezembro de 2003:

(...)

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Uma falsa avaliação da situação criou porém nas forças revolucionárias uma ilusão: que era irreversível o avanço revolucionário e o processo em curso de libertação da humanidade.
Para essa ilusão não se tiveram em conta três realidades.
A primeira: a capacidade mostrada pelo capitalismo, mais que os países socialistas, de não só desenvolver as forças produtivas, como de descobrir, desenvolver e aplicar novas e revolucionárias tecnologias.
A segunda: a utilização pelo imperialismo, designadamente pelos Estados Unidos, de colossais meios materiais e ideológicos, a repressão brutal contra os trabalhadores e os povos em luta, colossais meios financeiros, económicos, políticos e militares contra as revoluções, bloqueios, sabotagens, atentados, conspirações, acções terroristas e guerras declaradas e não declaradas.
A terceira: as tendências crescentes nos países socialistas, nomeadamente na União Soviética, para a centralização e burocratização do poder e para a estagnação, pondo em perigo o futuro da sociedade socialista em construção.
Todos estes elementos em conjunto conduziram, na segunda metade do século XX, à vitória do capitalismo na competição com o socialismo.
(...)

1 comentário:

  1. A obra de Âlvaro Cunhal,ê de uma profunda reflexao,sobre as questoes polîticas do nosso tempo.Ê ,na verdade,inquestionâvel a sua inteligencia,de ver sempre mais longe.

    Um beijo

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